João Abreu, o imponderável e a candidatura ao governo de 2014

No dia 28 de março, quinta-feira Santa, o novo Chefe da Casa Civil, João Abreu, me recebeu em sua residência para realizarmos uma entrevista ao jornal O Imparcial. As falas do novo “homem forte” do governo Roseana, ganharam uma grande repercussão por conta das declarações sobre a sua ideia de privatizar alguns órgãos como, por exemplo, a Caema e essa acabou se tornando uma das entrevistas de maior destaque ao longo do ano no cenário político maranhense. Porém nesta mesma conversa, João Abreu fez outra revelação que começa a ganhar maior atenção agora.  
João Abreu no dia 28 de março de 2013 já antecipava algo que pode se consolidar agora em 2014
O novo chefe da Casa Civil retornou ao governo, após três anos ausente do poder público, porém sempre manteve estreita relação com Roseana e toda a família Sarney, afinal ele são sócios em vários negócios. 

Para quem não lembra, em março de 2010, João Abreu deixou o governo estadual, por conta da possibilidade de concorrer a vaga de vice-governador ao lado de Roseana, era a segunda vez que o empresário estava sendo cotado para uma disputa. Em 2002, ele era o nome da governadora para disputar a eleição, mas José Sarney preferiu Zé Reinaldo Tavares (PSB), talvez ele se arrependa amargamente por ter feito essa escolha, pois passados vários anos, João Abreu ainda se demonstra fiel ao grupo Sarney, além de ser sócio, enquanto que o ex-governador, todos conhecem a história.

Diante dessa situação, perguntei ao novo secretário, se ele já tinha descartado a possibilidade de disputar algum cargo eletivo e surpreendentemente, ele me respondeu: “Quando eu voltei meu pensamento foi apenas um: ajudar a governadora, ajudar o governo, colocar minha experiência em favor do governo. Agora existe um fato em política que você não pode desprezar, que é o imponderável. Se por um determinado motivo não se concretizar nenhum dos projetos que estão em pauta no momento e de repente entra em cena esse imponderável, de repente o candidato pode ser eu”.

João Abreu parecia saber bem o que falava naquele exato momento, vale a pena enfatizar um trecho de sua fala: “Se por um determinado motivo não se concretizar nenhum dos projetos que estão em pauta no momento e de repente entra em cena esse imponderável, de repente o candidato pode ser eu”.

Não existe nada de concreto, mas o Chefe da Casa Civil, passa a ganhar força, muita força para ser a opção de Roseana em uma opção para o mandato tampão de nove meses para o governo do estado, uma vez que a preferência dela e de sua família é que ela vá para o Senado Federal.

O sócio e fiel amigo da família Sarney destacou bem, “existe o imponderável” e isto pode modificar todo o caminho do grupo governista na eleição de 2014. Não existem dúvidas, que hoje o nome preferido é Luís Fernando, ele até cresceu nas pesquisas, porém ainda está aquém do que se esperava e também ainda sofre resistências dentro do grupo governista, um deles, Ricardo Murad (PMDB), que vive a agonia de não saber o que fazer em 2015, caso o secretário estadual de Infraestrutura seja o vencedor nas urnas.

De forma despretensiosa, João Abreu soltava algumas de suas intenções e da governadora, sobre a possibilidade dele assumir o governo, em outra fala, ele comentou: “Dessa vez a governadora me fez um novo convite e me apresentou um projeto que achei muito interessante, abrindo a possibilidade para se concretizar o meu retorno à vida pública, então eu senti que era o momento de voltar ao governo”.

Pelas falas de João Abreu, parece que já existe algo muito bem arquitetado desde o inicio de 2013, enquanto muitos se distraíram com outras questões, Roseana pode ter trabalhado e consolidado o nome de outro candidato, que está por ser anunciado.

Ainda sou cético em acreditar que isso possa acontecer, porém as palavras de João Abreu, as articulações governistas e uma tentativa de desgaste da candidatura de Luís Fernando, vem criando uma áurea de que o imponderável desta vez venha beneficiar o sócio, amigo e chefe da Casa Civil, João Abreu. Pelo menos este, ele tem a certeza de que não iria ocorrer traição e nem segregação dentro do grupo.

Até aí tudo certo por parte deles, falta combinar com a população, se eles topam o nascimento de um candidato no ano da eleição…

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