Por Raimundo Borges
Há uma indagação que não quer calar: depois de passar três semanas internado no Hospital-Sírio Libanês, tendo passado pela UTI, o senador José Sarney (PMDB-AP), agora se recuperando, será candidato à renovação do mandato, que termina no final de 2014? Têm saído notícias, mas nenhum oficial, de que a família teria fechado questão contra a candidatura de Sarney no próximo ano. Mas o próprio senador, campeão dos campeões de mandatos eletivos no Congresso Nacional, certamente não foi consultado a respeito dessa manifestação.
Em 2014, Sarney terá 84 anos e 37 só no Senado Federal, que o presidiu por quatro vezes. Só aí são dois recordes. Está findando o terceiro mandato pelo Amapá. Sobre deixar a política, ele costuma repetir uma frase do ex-deputado federal Virgílio Távora, que se encaixa em seu pensamento. Virgílio dizia que duas coisas fazem o político abandonar a carreira: ou o político larga o povo, ou o povo larga o político. Sarney dá “graças a Deus”, nada disso ter lhe acontecido.

Agora, passando uma temporada em convalescência, na fazendo de um amigo, no interior de São Paulo, Sarney deve estar refletindo sofre o seu futuro. Descobriram que ele anda de terno e gravata, mesmo no ambiente rural. Seria para não perder a linha nem o jeitão de fazer política até dormindo.  Se a família realmente fechou questão sobre as eleições de 2014 para preservar-lhe a saúde, o remédio, por certo pode até trazer efeito colateral. É inimaginável ver Sarney distante da política.

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