Papa Francisco reitera que as portas ainda estão fechadas ao sacerdócio feminino

Apesar dos comentários em relação aos homossexuais durante o voo entre o Rio de Janeiro e Roma, considerados progressistas por católicos mais conservadores, Francisco deixou claro que os principais dogmas da Igreja não serão tocados. Pela primeira vez, ele comentou a possibilidade de mulheres exercerem o sacerdócio, mantendo a rejeição da instituição a essa hipótese. “Sobre a ordenação das mulheres, a Igreja falou e disse ‘não’. João Paulo II o fez com uma formulação definitiva. Essa porta está fechada”, sentenciou.
No entanto, o pontífice defendeu uma maior participação das mulheres na Igreja, especialmente em funções administrativas. “O papel da mulher na Igreja não é só a maternidade, ser mãe de família. É mais forte, é o ícone de Nossa Senhora, aquela que ajuda a Igreja a crescer”, disse para os cerca de 50 jornalistas que estavam no voo. Segundo Francisco, o papel feminino na Igreja deve ser “mais do que participar como coroinha ou presidente da Caritas (confederação de 162 organizações humanitárias da Igreja Católica em mais de 200 países). Deve ser algo mais, a Virgem Maria era mais importante do que os bispos e os padres”.
Ainda no domingo, o pontífice enviou uma nota à presidente Dilma Rousseff, agradecendo a acolhida no país. “Ao deixar o espaço brasileiro, renovo a minha sincera gratidão pelo acolhimento generoso que me reservou e pela solicitude do governo em assegurar uma tranquila realização dessa minha primeira visita ao Brasil”, disse. “Faço votos de que a Jornada Mundial da Juventude possa reavivar os valores cristãos no coração dos jovens, contribuindo na construção de uma nação mais justa e fraterna e invocando a materna proteção de Nossa Senhora Aparecida, em cujo os pés depositei a vida de cada brasileiro”, completou.

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