A Orientação Social que faz a diferença

Psicólogas, Assistentes Sociais, Pedagogos, Terapeutas Ocupacionais e Bacharéis em Letras são os profissionais que fazem parte da equipe de Orientadores Sociais da SEMCAS, Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social. Tal equipe realiza um trabalho de reeducação com alguns jovens, que por diversos motivos, acabaram fugindo das regras do convívio social.

O trabalho é realizado através das Medidas Socioeducativas, a qual é a forma de natureza jurídica que visa inibir a reincidência da criança ou adolescente no ato infracional e sua finalidade é pedagógica e educativa. A decisão sobre o cumprimento dessas medidas é de responsabilidade do Juizado da Infância e Juventude e são acompanhadas por órgãos municipal e estadual, o primeiro, SEMCAS, dispõe de medidas que convencionam o acusado à Liberdade Assistida ou a Prestação de Serviços, enquanto que a Internação fica sob o comando da FUNAC, Fundação da Criança e do Adolescente do Estado do Maranhão, órgão do governo do estado.

A Prestação de Serviços, ação aplicada aos jovens de crimes mais leves e a Liberdade Assistida, decretada para aqueles que estão saindo da internação, são acompanhadas pela equipe da SEMCAS, que tem uma grande importância na realização desse trabalho já que os mesmos serão responsáveis por garantir uma melhora qualitativamente dos indivíduos e da sociedade.

Em entrevista concedida pela D. Cristina Valente, Secretária Geral da equipe de Orientadores Sociais do órgão, a importância e as diversas atividades que são realizadas pelo grupo de profissionais foram citadas: “É oferecida uma nova vida para o adolescente, cursos profissionalizantes, oficinas de teatro, passeios, exposição de filmes, entre outras atividades. O mesmo pôde ser comprovado no último Seminário Municipal de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto realizado em São Luis. Tivemos a apresentação do banner produzido por crianças e adolescentes que fazem parte da oficina de grafite também desenvolvida pela secretaria”, finalizou D. Cristina.

A Assistente Social e membro da equipe de O.S., Ana Carolina, explica que a responsabilidade das Medidas Socioeducativas é do CREAS, Centro de Referência Especializado de Assistência Social, sendo que a SEMCAS acompanha a execução das mesmas, trabalho esse que não deve deixar de ser reconhecido, pois a ação do órgão municipal vai além da ressocialização, vai buscar a motivação no jovem para que se torne um cidadão melhor.
Dessa forma, torna-se indispensável o acompanhamento por toda a equipe, pois em cada profissional existe uma especificidade para que o objetivo seja alcançado da melhor forma possível.

Além de todo acompanhamento pelos técnicos, que é indispensável, também há a participação dos pais ou responsáveis em todo o processo, a qual é de extrema importância como enfatiza a Psicóloga Larissa – “se os pais não estiverem envolvidos, será mais difícil tentar recuperar esses jovens, por isso desenvolvemos diversas atividades conjuntas com os pais, palestras também são oferecidas aos mesmos para que possam transmitir aos seus filhos o que ouviram, para que o trabalho continue sendo realizado dentro de casa”.

Apesar de todo esse esforço da equipe de O.S. e dos pais alguns menores acabam reincidindo e necessitam de acompanhamento até os vinte anos, idade limite para o cumprimento e execução das Medidas Socioeducativas. Passado esse prazo, o jovem infrator fica sob a responsabilidade da Justiça Comum.

Lembrando que apesar de serem realizado trabalhos com os jovens até os vinte anos, Cristina Valente ressalta que para os mesmos serem acompanhados até essa idade os adolescentes devem ter cometido ato infracional até os dezessete anos, pois após essa idade o infrator tem a maioridade penal.

A Secretária Geral dos O.S. é enfática em relação aos objetivos: é de responsabilidade de todos fazer com o que a criança e o adolescente sejam ressocializados o mais rápido possível e que o mesmo tenha pela frente um futuro garantido, prova disso segundo a mesma, são os exemplos de alguns jovens que passaram por lá e hoje estão empregados e/ou estudando tudo isso graças ao trabalho indispensável realizado pela Equipe dos Orientadores Sociais.
Reportagem produzida por Diego Emir para o Jornal Em Pauta.

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