UEMA DEIXA A CALMARIA DE LADO

O Campus Paulo VI o qual abriga as instalações da Universidade Estadual do Maranhão em São Luís, vive outros tempos, por muitos considerado como uma fazenda devido a vastidão de campos, animais, arvores e os cursos que sugerem o ambiente rural(Med. Veterinária, Agronomia, Zootecnia e Geografia), a Universidade vem perdendo toda aquela tranqüilidade de outrora, brigas e disputas entre diversos cursos e alunos estão sendo travadas deixando o ambiente hostil e criando um péssimo clima para o desenvolvimento do tripé de qualquer Universidade: Estudo, Pesquisa e Extensão.
Antes de chegarmos às atuais brigas, temos que lembrar um pouco como está organizada a UEMA em São Luís, que se reflete em uma verdadeira bagunça. Até pouco tempo a Instituição abrigava poucos cursos como: Administração, Medicina Veterinária, Agronomia, Engenharia Civil, Letras e Arquitetura.
Com a expansão das Universidades e Faculdades a nível nacional e local, novos cursos foram criados e na UEMA não foi diferente, hoje a Instituição Estadual conta com mais de 20 cursos no seu Campi da capital maranhense, lembrando que a IES está presente em quase 100 municípios do MA, além das cidades de Belém/PA, SantarémPA, Boa Vista/RR e Macapá/AP.
Com criação dos novos cursos criou-se o problema de instalação, onde locar diversos cursos, principalmente os de licenciaturas se a UEMA nunca se planejou e/ou preocupou com esse possível crescimento. Cursos como de Pedagogia, Geografia, Ciências Biológicas, História e Ciências Sociais até o momento não possuem prédios específicos para o desenvolvimento do seu estudo.
Não é questionada a mistura entre cursos de tecnologia com licenciatura, como no caso de Engenharias e Pedagogia ou Agronomia e Geografia ou até mesmo CFO/PM e História, o que acontece na UEMA é um sentimento de posse e autoritarismo por parte de alguns alunos.
O primeiro caso foi o do famoso caso das Engenharias contra a Pedagogia, em uma festa realizada no CCT (Centro de Ciências Tecnológicas) alunos, professores e funcionários digladiaram após a ingestão de bebidas alcoólicas e a proferência de alguns insultos por ambas as partes, o caso terminou na delegacia e com proibição total de bebidas alcoólicas em festas e a retirada das mesas de bilhar da UEMA.
Passado o caso a calmaria parecia ter se instalado na “fazenda”, só que pelos mesmos motivos surge uma nova divergência dessa vez entre os cursos de Agronomia e Geografia que dividem o prédio do CCA (Centro de Ciências Agrárias), o primeiro está instalado há 40 anos e é um dos cursos fundadores da Universidade maranhense, o segundo tem pouco mais de 10 anos, o impasse nesse caso fica na questão do domínio do prédio e das verbas da lanchonete e xerox, que até o momento são destinadas ao Diretório Acadêmico de Agronomia, o D.A. de Geografia não satisfeito com a situação decidiu impor restrições a lanchonete, boicotando o lanche, iniciava-se aí o primeiro sinal de uma possível confusão.
A reitoria da Instituição se mantendo afastada de toda essa situação, fingindo que não estava acontecendo nada deixou correr solto e no último dia 28 aconteceu mais uma agressão física na UEMA em menos de dois anos, um aluno do curso de Agronomia aparentemente embriagado insultou um grupo de alunos da Geografia que se encontravam em certo local, estressados com a situação e com os insultos os mesmos partiram pra cima do acadêmico, deixando o rapaz com vários hematomas e até mesmo sem um dente, segundo relato de testemunhas.
O fato acontece menos de uma semana após alunos de Eng. Mecânica e CFO/PM protagonizarem uma discussão em pleno R.U (Restaurante Universitário), tudo isso mostra o quão a Universidade Estadual do Maranhão encontra-se desnorteada: brigas, insultos, protestos e agressões físicas podem ser os primeiros passos para o fim de uma Instituição em que o lema até então é: Realizando Qualidade.

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